Maricá/RJ,

Ministra Luiza Bairros destaca força da mulher negra na abertura do Festival Latinidades



Chefe da SEPPIR falou sobre a capacidade que a mulher negra tem de criar novos rumos para a população negra e lembrou o caráter político do Festival considerado o maior do país

“Mesmo a partir da desvantagem social, tivemos e temos as condições para criar rumos novos para nossas vidas. E, ao fazê-lo, criamos rumos novos também para o conjunto da comunidade negra, para o conjunto da população negra”. A declaração é da ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial), feita na abertura do Latinidades - Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha hoje (22/07) pela manhã.

Em sua fala sobre a presença da mulher negra na sociedade brasileira, a ministra cumprimentou as organizadoras do evento, principalmente pela coragem e pela oportunidade de celebrar o talento e a contribuição das mulheres negras para o Brasil e para toda a região”. Considerado o maior festival com esse perfil no país, o Latinidades é desenvolvido pela Griô Produções e conta, entre outros, com o apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).

Nesta sexta edição, o projeto que marca o 25 de Julho - Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, presta homenagem à escritora mineira Conceição Evaristo. “A data é uma inserção recente, porém o mais impressionante é como ela foi capaz de produzir uma repercussão tão grande no continente como um todo e, no Brasil, mais especificamente”, afirmou a chefe da SEPPIR, destacando a grande quantidade de atividades realizadas em todo o país para fazer do 25 de Julho o dia em que se celebra a presença da mulher negra na África e na Diáspora.

Este ano, as atividades do Latinidades acontecem entre os dias 19 e 27 de julho, em dois espaços: Funarte e Complexo Cultural da República, recebendo artistas brasileiras, da Colômbia, Cuba, Estados Unidos e Nigéria. A SEPPIR, por meio da Secretaria de Políticas de Comunidades Tradicionais (Secomt) organizou duas atividades que integram a programação do evento. Ambas acontecem no auditório 02 do Museu da República.

Caráter político
“Vocês estão falando de cultura e quando a gente fala de cultura, dificilmente se lembra de que as nossas formas de fazer política são culturais também. Então, acho que isso faz parte desse acervo cultural que a gente vem implementando na região como um todo, e nesse sentido, o Latinidades é um manifesto político”, declarou Bairros.

A ministra analisou também a condição da mulher negra no contexto atual, considerando o progresso e o processo de inclusão experimentado pelo Brasil na última década. “A mulher negra e, mais particularmente a mulher negra jovem, continua sendo parte daquilo que chamo de paradoxo do desenvolvimento no Brasil, porque foi o setor, o segmento da população que soube melhor se aproveitar de todas as oportunidades que foram criadas nos últimos anos”, disse, atribuindo a conclusão à maioria dos analistas da história mais recente do país.

“Apesar dos avanços, as mulheres negras continuam sendo parte das estatísticas do segmento com mais desvantagens”, disse ainda a ministra, afirmando que “ao mesmo tempo em que os efeitos negativos do racismo se manifestam mais diretamente sobre a nossa qualidade de vida, por um lado, por outro lado também é o setor mais bem aparelhado da população negra para vencer os obstáculos colocados pelo racismo”. Para ela, essa contradição confere à luta das mulheres negras a importância que ela tem para a superação do racismo no Brasil.

Programação
Na terça-feira, 23, a mesa ‘O Poder Feminino nas Matrizes Africanas’, vai discutir o tema: Bantu, iorubá, fon: ancestralidade negro-feminina nas matrizes africanas e a perpetuação da força na cultura - Bases para a construção e renovação de saberes, patrimônios e diálogos. Participam Regina Nogueira Makota Mulanji (Banto), Vilma Piedade (Ioruba), Jandira Santana (Fon), sob a mediação de Daniela Luciana, do Coletivo Pretas Candangas. 

Já na sexta-feira, 26, às 10h, Bárbara Oliveira, diretora de Programas da Secomt participa da mesa ‘Quilombo das Américas’, sobre projeto de mesmo nome, realizado pela secretaria e parceiros, com vistas à construção de uma rede de articulação de políticas públicas para as comunidades afro-rurais do Brasil, Equador, Colômbia e Panamá. Além da busca pela soberania alimentar e a ampliação do acesso aos direitos econômicos, sociais e culturais nestas comunidades.

Participam também Maria Rosalina dos Santos da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq) e Tatiana Silva, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A mediação será de Paula Balduino, do Coletivo Pretas Candangas.
Tema - O tema do Latinidades, Arte e Cultura Negra – Memória Afrodescendente e Políticas Públicas, foi escolhido, de acordo com a organização do festival, a partir do entendimento de que a sociedade e o estado brasileiro têm uma grande dívida histórica com relação ao fortalecimento e valorização da cultura negra e suas manifestações artísticas.

O Latinidades desenvolve ações de formação, capacitação, empreendedorismo, economia criativa, cultura e comunicação. Até hoje, na Funarte, foram realizadas oficinas de dança, percussão e penteado, lançamentos literários, exposição fotográfica, música e teatro. A partir desta data, as atividades concentram debates, palestras, oficinas, roda de capoeira e shows, no Museu da República.

Toda a programação é gratuita. Para a participação em palestras, debates e oficinas, devem ser feitas inscrições na página www.afrolatinas.com.br
- O resultado das experiências e falas de especialistas nacionais e internacionais que participam do festival desde o início é consolidado em uma publicação-referência, disponível para download gratuito no espaço Afrodigital.

Conceição Evaristo é uma das homenageadas no VI LATINIDADES – FESTIVAL DA MULHER AFRO-LATINA-AMERICANA E CARIBENHA






A poetisa mineira Conceição Evaristo é a homenageada do Latinidades 2013 e estará conosco em dois momentos: na mesa “Literatura Negra – Nossas letras e vozes”, como palestrante, a ser realizada no dia 24 de julho às 14h. Também contamos com sua presença na mesa “Mulheres negras contam sua história”, no dia 25 de julho, às 16h, ambas no Auditório II do Museu da República, em Brasília-DF.

Conceição Evaristo é Mestre em Literatura Brasileira pela PUC Rio, e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Estreou na literatura em 1990, na série Cadernos Negros, antologia editada anualmente pelo Quilombhoje, de São Paulo, grupo de escritores afro-brasileiros reunidos, desde 1978. Autora de “Insubmissas lágrimas de mulheres”, Editora Nandyala, Belo Horizonte, 2011 e de várias antologias lançadas no Brasil, a autora participa do livro Contos Afros, organizado por Marcio Barbosa (Quilombhoje), patrocinado pela Prefeitura de Belo Horizonte; no livro Contos do mar sem fim, da Editora Pallas, Rio de Janeiro e na Antologia Questão de Pele, da Editora Língua Geral, Rio de Janeiro, e vem mantendo uma constante publicação de poemas e contos, em Cadernos Negros. A escritora participa também de publicações, em antologias, na Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul e em Angola. Atualmente, a autora reside em Maricá/RJ.



Fonte: afrolatinas.com.br

MARTA SUPLICY QUER APOIO DOS MINISTÉRIOS DE EDUCAÇÃO E DO TRABALHO PARA PROJETOS DE COMUNIDADES NEGRAS


Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A ministra da Cultura, Marta Suplicy, vai procurar os ministros da Educação, Aloizio Mercadante; e do Trabalho, Manoel Dias, para organizar um encontro, em Brasília, com lideranças do movimento negro. A intenção da ministra é discutir políticas para a comunidade negra que possam ser desenvolvidas pelas três pastas. “Para que assim como a Cultura fez essa reunião, eles possam ouvir as comunidades negras nas suas respectivas áreas e ver o que pode ser feito para as comunidades terem maior inserção social”, explicou.

A decisão de Marta Suplicy foi tomada durante um debate de quase duas horas com lideranças do movimento, artistas e agentes culturais hoje (9) no auditório do Centro Cultural Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. A ministra orientou as lideranças que apresentem demandas concretas. “Todos têm demandas, mas basta focar e ter alguma coisa estruturada”, disse.

Elias De Yansã, Conceição Evaristo e Patrícia Custódio.
Foto: Zezzynho Andraddy


No encontro, a ministra acertou, ainda, analisar os patrocínios de todas as estatais para verificar como os recursos estão sendo aplicados e qual a parcela destinada a projetos culturais da comunidade afrodescendente. Ela explicou que a ideia surgiu durante uma reunião na Petrobras em que ela participou nesta terça-feira. Marta Suplicy prometeu ainda adotar o sistema de cotas na distribuição dos recursos.

“O ministério está pensando em fazer um levantamento dos investimentos de todas as estatais na área da cultura, por que cada uma investe no que acha e de repente nós conseguimos ter uma política de Estado da Cultura. Esta foi uma orientação da presidenta Dilma e, agora, acho que chegou o momento de chamar as estatais e ter uma conversa, primeiro, no que para eles é importante, depois no que nós podemos unificar como política de Estado e aí veio a demanda de que eles gostariam de ter uma inserção grande de cota para questão de cultura negra. Acho que neste modelo nós acreditamos poder fazer. Já fazemos os editais, agora vamos poder pensar nesta nova situação”, disse. 


Neia Daniel, ao lado de Mãe Beata e Hilton Cobra,
faz a apresentação de como seria a reunião.
Foto: Zezzynho Andraddy
Durante os debates, a ministra ouviu propostas e pedido de respeito às tradições da comunidade negra. Uma delas foi em relação aos terreiros de candomblé, que sofrem violações por questões religiosas e também ações da bancada evangélica contra as manifestações de cultura negra. A ministra respondeu que os terreiros têm que ser fortalecidos como entidades. Na área política, Marta Suplicy adiantou que o ministério está buscando o andamento de vários projetos que estão em tramitação no Congresso. “Tem várias coisas no Congresso que a gente vai trabalhar que sabe que afeta toda a Cultura, mas a comunidade negra em especial”, informou.
A baiana Beatriz Moreira Costa, a Mãe Beata de Yemanjá, do terreiro Ilê Omi Oju Aro, em Nova Iguaçu, abriu os debates. Ela concordou com o fortalecimento dos terreiros para evitar a discriminação religiosa. “Precisamos de mais união. Ninguém sabe mais do que ninguém. A gente nasce aprendendo e morre aprendendo. Todos nós somos irmãos. A gente só cobra respeito quando a gente dá respeito. É isso que devemos fazer. Isso chamasse fortalecimento. Empoderamento é assim. É você dizer eu sou e não ter medo de dizer, eu sou do Candomblé. Sou negra. Sou yalorixá, sou mãe de santo”, no fim da apresentação da proposta dela, Mãe Beata entoou um canto a Oxalá e foi seguida por toda a plateia.

Foto: Zezzynho Andraddy
A situação dos editais de projetos culturais que tiveram a suspensão determinada por um juiz da 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão foi outro tema discutido no encontro. A Justiça Federal decidiu dar continuidade aos editais, mas o pagamento dos prêmios permanece suspenso até o julgamento final do processo. De acordo com informações da Advocacia-Geral da União (AGU), transmitidas no encontro, isso deve ocorrer em agosto. Se o processo não andar, a intenção é fazer uma reunião com desembargadores para analisar o que poderá ser feito para resolver a situação.
A ministra saiu satisfeita com os resultados da reunião. “Foi muito dinâmica, muito viva, muito clara na questão de maior participação e respeito às comunidades negras na área da Cultura. Tirei duas possibilidades concretas que podemos incrementa”, avaliou.

Edição: Fábio Massalli
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Veja:
CULTNE - Bastidores do Encontro de Produtores Negros - RJ



Programa "Tarde do Ossobô"


Programa "Tarde do Ossobô"

Assista a participação dos escritores brasileiros, Conceição Evaristo e Rogério Andrade Barbosa, no programa da televisão santomense (TVS), Tarde do Ossobô, exibido em 21 de maio de 2013.




Hilton Cobra conversa com juiz maranhense que embargou os editais negros do MinC/SEPPIR

Hilton Cobra, Daniel Farah de Santana, José Carlos do Vale Madeira e Rosane Borges

Durante missão ao Maranhão, o presidente da Fundação Cultural Palmares conversou com o juiz José Carlos do Vale Madeira sobre a importância do certame para aas artes e culturas negras

No início da noite de sexta-feira, 28/06, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra se reuniu com o José Carlos do Vale Madeira, juiz da 5ª Vara da Seção Judiciária do Maranhão, onde tramita a ação popular que questiona os editais para produtores culturais e pesquisadores negros, elaborados numa parceria entre o MinC (Ministério da Cultura) e a SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), em novembro de 2012.

Na conversa, Cobra falou sobre os 30 anos de experiência como produtor cultural e os desafios que as obras artísticas negras têm quanto ao acesso aos mecanismos de fomento e captação de recursos. Nesse sentido, o presidente da FCP destacou a iniciativa pioneira da ministra Martha Suplicy que, entendendo a realidade dos agentes culturais negros, lançou editais específicos para área a fim de incluí-los no mercado artístico brasileiro.

De acordo com o juiz Madeira, a exposição de Hilton Cobra tornou possível uma nova perspectiva sobre a necessidade de o certame atender somente os criadores culturais e pesquisadores negros. “A Funarte, Biblioteca Nacional e a Secretaria do Audiovisual precisam encontrar alternativas que deem engenharia técnica e jurídica aos editais, para resolver a situação de forma emergencial. Um modelo socialmente eficiente, culturalmente suficiente e juridicamente harmônico”, explicou.

A conversa contou ainda com as presenças da coordenadora do CNIRC da FCP (Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra), Rosane Borges, e do procurador federal Daniel Farah de Santana.

FCP buscando soluções – Desde a suspensão dos editais, a Fundação Cultural Palmares participa de reuniões com produtores culturais no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, a fim de encontrar formas de manter os processos de seleção. Mais três cidades, Belém/PA, Porto Alegre/RS e Aracajú/SE, se articulam para os debates com a presença de Hilton Cobra.

Acompanhe o caso – A partir do da ação popular movida pelo advogado Pedro Leonel Pinto de Carvalho, citando como réus a União Federal, a Funarte e a Fundação Biblioteca Nacional, o juiz Madeira decidiu pela suspensão dos editais, alegando a inconstitucionalidade do certame. No início de junho, a Justiça Federal da 1ª Região suspendeu essa liminar, fato que garantiu a retomada das atividades de seleção, embora tenha mantido o pagamento da premiação suspensa até o julgamento final do processo.


Referencias culturais na tradução do romance Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo - por Rosângela Araujo


Rosângela de Oliveira Silva Araújo
Doutoranda em Letras (Literatura e Cultura) pela Universidade Federal da Paraíba, com Mestrado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1990) e Graduação em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1984). É Professora Assistente da Universidade Federal da Paraíba, atuando na área de Letras, com ênfase em Ensino de Língua Inglesa.

Nesta comunicação discutiremos a questão de referências culturais na tradução
do romance Ponciá Vicêncio (2003), da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo,
tomando como base as noções de “tradução domesticadora” e “tradução
estrangeirizante”, segundo os teóricos Antoine Berman (2000) e Lawrence Venuti
(2002) sobre a traduzibilidade de elementos culturais. Nossa leitura pretende evidenciar
como a tradutora Paloma Martinez-Cruz reconstrói a cultura (afro-) brasileira na sua
tradução do romance para o inglês estadunidense mostrando, assim, o papel que a
tradução desempenha como mola propulsora no processo de formação de identidades
culturais.
Estudar questões concernentes a referências culturais pressupõe, dentre as
múltiplas possibilidades, relacionar elementos de uma cultura a outra ou outras. Neste
estudo, consideraremos duas culturas distintas, sendo que uma delas ocupa posição
hegemônica superior de dominação no cenário literário internacional. As culturas em
pauta estarão em nível de comparação na medida em que nos debruçarmos na tradução
do supracitado romance e constatarmos determinados elementos, que denotam
resistências ao confronto, ou seja, o encontro do Mesmo com o Outro. Tenhamos
sempre em mente que o denominador comum é a cultura diaspórica africana nas
Américas.

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O olhar de Minas: diálogo entre Conceição Evaristo e Adão Ventura - Patricia Ribero


Patricia Ribero
Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.

Resumo

Este trabalho propõe uma análise comparativa entre as obras
Poemas da recordação e outros movimentos (2008), de
Conceição Evaristo e Jequitinhonha: poemas do Vale (1980),
de Adão Ventura, com o objetivo de examinar nestas poéticas
temas como a relação com o sagrado, a manutenção dos laços
familiares, a preservação da memória e das tradições. Esses
temas contribuem para a elaboração da imagem de Minas
Gerais nestas poéticas uma vez que ambos os poetas são
mineiros e se referem a esse universo, mas também são temas
que concernem a uma esfera universal pois se associam ao
homem em geral, independente de limites geográficos.

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Poesia, diáspora e Migração - Prisca Rita Agustoni de Almeida Pereira



Prisca Rita Agustoni de Almeida Pereira
Universidade Federal de Juiz de Fora

R E S U M O

O presente trabalho pretende colocar em diálogo a produção
poética de quatro autoras afrodescendentes contemporâneas
(Dionne Brand, Lucille Clifton, Conceição Evaristo e Marie-
Célie Agnant), com o intuito de verificar de qual maneira elas
abordam e atualizam temas caros à diáspora africana que
originou as sociedades nas quais elas se formaram. Por outro
lado, pretende-se verificar como o processo migratório de duas
delas (Brand e Agnant) interfere na elaboração do próprio
universo poético, atualizando as questões da diáspora à luz das
perspectivas globais contemporâneas.

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Embodied voices: embedding contemporary afro-braziliam women Wiriters - Aino Rinhaug

Aino Rinhaug 
Department of Literature, Area Studies and European Languages
(ILOS), University of Oslo, Oslo, Norway
Version of record first published: 20 Jun 2012.

The present contribution seeks to examine the works of a selected number of
contemporary Afro-Brazilian women writers and activists. From the way these
voices have contributed to the advancement of the Black movement in Brazil 
especially since the 1980s  particular attention will be given to the way the body
figures both a central topic as well as an agent of their work. The overall
assumption is that the body (both material and metaphorical) becomes a dynamic
site of aesthetic, political, and environmental negotiations, and poetry and
literature function as a social practice. By looking at how a new view on bodily
cognition and discourse can prove decisive for the reconfiguration of political
categories (identity, subjectivity, gender, and race), the assumption is that a novel
notion and poiesis of the Afro-Brazilian self can be teased out from these works.

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PROGRAMA QUARTAS LITERÁRIAS


Brazilian Endowment for the Arts
240 East 52 Street Nova York, NY 10022
Insubmissas lágrimas de mulheres de Conceição Evaristo
Entrada Franca
BEA Apresenta a Escritora Conceição Evaristo – 26/06/2013

A B.E.A., Brazilian Endowment for the Arts, convida toda a comunidade para um evento especial com a Conceição Evaristo, dia 26 de Junho às 19:00hs no auditório da Biblioteca Brasileira de New York, situada na 240 East 52 Street, New York, NY. 

O programa Quartas Literárias tem como missão promover e difundir a literatura Brasileira em Nova York com a participação do público local e virtual. O programa, o primeiro e consistente da BEA, resume-se em conferências sobre vultos da literatura brasileira, seguidas de participação do público e debate. 

Quartas Literárias estimula o interesse, incentiva a difusão da literatura Brasileira e sua produção cultural e educacional, promovendo democraticamente o acesso gratuito para o público em geral.

Conceição Evaristo (Maria da Conceição Evaristo de Brito) é Mestre em Literatura Brasileira pela PUC Rio, e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, na qual investiga pontos de diálogo entre a literatura brasileira afro-descendente e as literaturas africanas de língua portuguesa. Estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros– antologia editada anualmente pelo Quilombhoje, de São Paulo, grupo de escritores afro-brasileiros reunidos, desde 1978. A partir de então, seus textos vêm obtendo cada vez mais leitores. A escritora participa também de publicações, em antologias, na Alemanha, como Schwarze prosa e Schwarze poesie (1993); Inglaterra, Moving beyond boundaries: international dimension of black women’s writing (1995) Women righting – Afro-brazilian Women’s Short Fiction, 2005, Estados Unidos, nas obrasFinally Us: contemporary black brazilian women writers (1995); Callaloo, vol. 18 e 30 (1995, 2008), Fourteen female voices from Brazil (2002), África do Sul Chimurenga People (2007) e em Angola, Como se o mar fosse mentira (2006). Evaristo foi palestrante em conferencias na Austria, Moçambique, África do Sul, e Senegal falando sobre a literatura afro-brasileira. Em 2000, participou como palestrante na 7th Internacional Caribbean Women Writers and Scholars, Maygüez, Porto Rico. Em 2012, esteve como escritora residente na Middlebury Language Schools e em 2013, e se apresentou em São Tomé e Príncipe, dentre das comemorações da CPLP. A produção de Conceição Evaristo é ampla, pois a escritora se afirma na poesia, na prosa e ainda no ensaio literário, escrevendo sobre assuntos relacionados á educação, gênero e relações étnicas na sociedade brasileira.

Insubmissas lágrimas de mulheres,Editora Nandyala, Belo Horizonte, 2011
A antologia Insubmissas lágrimas de mulheres é composta de 13 contos, cujas histórias têm como protagonistas mulheres negras. De dentro da cena, vozes-mulheres explicitam suas dores, anseios, temores, mas, antes de tudo revelam a imensa capacidade de se retirem do lugar do sofrimento e inventarem modos de resistência. Uma intima fusão entre as personagens, a voz ficcional de quem apresenta essas personagens e a autora, marca o processo criativo dos textos e afirma o projeto literário de Conceição Evaristo, o de traçar uma escrevivência.

Para mais informações : bibliobrnyc@gmail .com ou contact@brazilianendowment.org Tel: (212) 371 1556 0u Cel: (914) 216 9803